Lido: O Bom Filho | Minha primeira experiência com a TAG Inéditos


O Bom Filho foi minha primeira experiência com a TAG Inéditos e com caixas de assinatura no geral (sem considerar minha tentativa frustrada com a Mixture Box). Sempre tive vontade de assinar alguma caixinha literária, mas nenhuma por aqui oferecia livros que combinavam com o meu gosto, até que conheci a TAG Inéditos e vi que praticamente todos os livros que ela já tinha enviado me interessavam.

Esse livro também foi minha primeira experiência com uma autora sul-coreana e fiquei bem feliz de estar expandindo meus horizontes literários esse ano. Quase sempre fico "presa" em literatura americana ou inglesa. Escolher receber um livro surpresa também veio dessa minha vontade de expandir, de sair da minha zona de conforto e ler livros que provavelmente não seriam minhas escolhas, já que de outro modo provavelmente não viria a conhecê-los. Fora que tenho uma dificuldade enorme em escolher minhas leituras e dessa maneira alguém escolheria pra mim, é perfeito!

Mas, voltando ao livro agora, porque já falei demais. Ele é um thriller psicológico protagonizado por Yu-jin, um jovem que se preparava para cursar direito e acorda na manhã que sairia o resultado do "vestibular" com um acontecimento que vai mudar totalmente sua vida. Pra pior. Muito pior. Ele e seu quarto estão cobertos de sangue e conforme desce as escadas do luxuoso duplex em que morava com sua família, descobre o corpo de sua mãe em uma poça de sangue. O que aconteceu com sua mãe e por que ele está todo sujo de sangue? Essas são as perguntas que vão conduzir o livro, enquanto acompanhamos Yu-jin tentando descobrir mais sobre aquela noite e outros mistérios do seu passado.

Eu demorei um pouquinho pra engrenar na história porque achei o comportamento do Yu-jin muito esquisito e meio difícil de aceitar perante ao que estava acontecendo. Mas lembrei que essa estranheza com comportamentos diante de situações extremas já tinha acontecido comigo em outros livros que tratavam de cultura diferente da nossa, então tentei deixar isso um pouco de lado e não julgar como sendo algo impossível de acontecer. E com o passar das páginas as coisas começaram a ficar mais coerentes.

Achei que o livro teria um pouco mais de mistério, mas ele é bem mais voltado para o lado psicológico. Mas o ritmo mais lento e a atmosfera introspectiva do livro não me incomodaram, pelo contrário. Não vou entrar muito em detalhes do que exatamente é abordado, mas achei uma temática bastante interessante. E mesmo que pouco, ainda temos alguns misteriozinhos pra desvendar.

Depois do começo, foi uma leitura bastante fluida e apesar de não ter sido perfeita, foi uma boa estreia e uma boa experiência. E me fez ter vontade de procurar outras obras sul-coreanas, principalmente alguma que aborde mais a cultura do país.

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Autora: You-jeong Jeong
Número de Páginas: 285
Editora: TAG - Experiências Literárias em parceria com a Editora Todavia
Idioma: Português
Tradução: Jae Hyung Woo



3.75 ⭐


Sinopse: Certa manhã, Yu-jin acorda com um estranho cheiro metálico e um telefonema de seu irmão perguntando se está tudo bem em casa. Yu-jin logo se depara com um corpo deitado em uma poça de sangue no elegante duplex de Seul onde mora com a mãe. Ele não consegue se lembrar muito da noite anterior, mas tem a leve recordação de sua mãe chamando seu nome. Ela estava pedindo ajuda? Ou implorando por sua vida? Assim começa a busca frenética de Yu-jin para descobrir o que aconteceu e finalmente desvendar a verdade sobre si mesmo e sua família.

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