8 melhores leituras de 2018


Olha quem voltou ^o^  (ou pelo menos está tentando)
Quanto tempo que não dou as caras por aqui, né? Minha rotina mudou muito nos últimos tempos e acabei me deixando ser levada por ela e abandonando várias coisas que eu gostava e fazia. Mas sinto muita falta do meu cantinho e dos outros blogs e com o incentivo da fofa da Dai, resolvi tentar voltar, mesmo que aos pouquinhos. 

Como não falei de nenhuma das minhas leituras (que nem foram tantas assim), achei legal falar das 8 melhores desse ano!

Obs.: Os livros não estão em ordem de preferência. 
The Long Way To a Small, Angry Planet - Becky Chambers


Sinopse: Em algum lugar no nosso céu lotado, uma equipe de construtores de buracos de minhoca viaja de planeta em planeta, a caminho do trabalho de suas vidas. Para grande parte da galáxia a humanidade é uma espécie menor, e uma nave construtora toda remendada é uma mero pontinho no mapa estelar. Esse é o tipo comum de nave, somente tentando ir daqui para lá.No entanto, todas as viagens deixam suas marcas, e até mesmo as mais simples pessoas têm histórias que valem a pena ser contadas. Uma jovem marciana desejando que a vastidão do espaço a afaste da vida que ela deixou para trás. Uma piloto alienígena levando a vida longe de sua própria espécie. Um capitão pacifista, esperando o retorno de um ente querido da guerra.
Em um cenário de culturas interessantes e mundos distantes, essa história entrelaça as aventuras de nove personagens distintos, cada um em sua própria jornada.

Esse livro minha gente, QUE LIVRO. Já fazia tempo que queria ler, desde que ouvi um podcast falando sobre ele. Mas como não tinha sido lançado em português, fui deixando pra lá. Até que acabou sendo lançado pela Darkside, mas quando fui ler, peguei em inglês mesmo hehe. 
Só que não lembrava praticamente nada da sinopse e foi uma surpresa melhor que a outra ao longo das páginas. É o tipo que ficção científica que eu mais gosto: mais reflexão do que ação. E os personagens se tornaram meus amorzinhos. Já fazia tempo que não amava tanto os personagens como aconteceu nesse livro. Eles são tão bem desenvolvidos e incríveis e reais <3 <3 <3
O universo que a autora criou é uma coisa tão mágica e ao mesmo tempo tão bem construído que você consegue imaginar tudo aquilo acontecendo num futuro. E se não bastasse tudo isso, ela ainda discute várias questões importantes de uma maneira natural e que se encaixa muito bem com a história. Leiam, por favor. 

Carry On - Rainbow Rowell



Sinopse: Simon Snow é um bruxo que estuda numa escola de magia na Inglaterra. Profecias dizem que ele é o Escolhido. Você pode até estar pensando que já conhece uma história parecida. O que você não sabe é que Simon Snow é o pior Escolhido que alguém já escolheu.
Poderosíssimo, mas desastroso a ponto de não conseguir controlar sequer sua própria varinha, Simon está tendo um ano difícil na Escola de Magia de Watford. Seu mentor o evita, sua namorada termina com ele e uma entidade sinistra ronda por aí usando seu rosto. Para piorar, seu antagonista e colega de quarto, Baz, está desaparecido, provavelmente maquinando algum plano insano a fim de derrotá-lo.
Carry On é uma história de fantasma, de amor e de mistério. Tem todos os beijos e diálogos que se pode esperar de uma história de Rainbow Rowell, mas com muito, muito mais monstros.

Carry On era uma fanfic que a protagonista do livro Fangirl escrevia, meio baseada no universo de Harry Potter. Já tinha ficado interessada na história pelos pequenos trechos presentes em Fangirl, mas não imaginei amar tanto esse livro como algo independente. O que na verdade ele é. É legal ter lido Fangirl, mas nada necessário para aproveitar esse livro. 
E quem pensa que é apenas uma fanfic de Harry Potter, não é mesmo. Pode ter começado dessa maneira, mas a autora criou um mundo totalmente novo e que me encantou muito. Adorei a maneira como a magia é tratada (ri muito com alguns feitiços) e a ironia que ela faz com a clássica história do menino escolhido pra salvar o mundo. E Simon e Baz, peloamordedeus <3

The Inexplicable Logic of my Life - Benjamin Alire Sáenz



Sinopse: Salvador levava uma vida tranquila e descomplicada ao lado de seu pai adotivo gay e de Sam, sua melhor amiga. Porém, o último ano do ensino médio vem acompanhado de mudanças sobre as quais o garoto não tem nenhum controle, como ímpetos de raiva que ele não costumava sentir. Além disso, Salvador tem que lidar com a iminente morte da avó, com uma tragédia repentina que acontece na vida de Sam e com o fato de seu pai estar se reaproximando de um ex-namorado. Em meio a esse turbilhão de sentimentos, que vão do luto ao amor e da amizade à solidão, Sal passa a questionar sua própria origem e identidade, e tenta encontrar alguma lógica para a sua vida - uma tarefa que parece quase impossível.

Gostei tanto de Aristotle and Dante discover the Secrets of the Universe, do mesmo autor, que estava com receio de não conseguir ler esse sem comparar o tempo todo e acabar me decepcionando. Porém assim como o livro do Ari e do Danto, esse também foi de muita reflexão e aprendizado, apesar de ser "simples" e tratando do cotidiano de pessoas.
É impressionante como os livros do Benjamin conseguem mexer com você (te fazendo até mesmo chorar) e dar aquele quentinho no coração ao mesmo tempo. Ele tem uma delicadeza e consegue tocar em pontos do seu do seu emocional que você não espera que sejam alcançados por um livro.

Flores para Algernon - Daniel Keyes


Sinopse: Aos 32 anos, Charlie trabalha na padaria Donners, ganha 11 dólares por semana e tem 68 de QI. Porém, uma cirurgia revolucionária promete aumentar a sua inteligência, considerada gravemente baixa. O problema? Enxergar o mundo com outros olhos e mente pode trazer sacrifícios para a sua própria realidade. E resta saber se Charlie Gordon está disposto a fazê-los.

Lembra que eu falei que gosto de ficções científicas mais reflexivas? Pois esse livro é exatamente isso. Foi uma leitura muito difícil de fazer e muito dolorosa também, várias vezes pensei em abandonar porque o tipo de crueldade demonstrada pelas pessoas nesse livro é uma das mais difíceis de digerir para mim. Mas ao mesmo tempo, estava tão envolvida por todas as discussões que o autor propunha, principalmente sobre a inteligência e a importância (ou não) que ela tem na nossa vida, que simplesmente não conseguia largar.

When The Stars Sang - Caren J. Werlinger



Sinopse: Nearly twenty-five years ago, Kathleen Halloran’s brother drowned during the last summer they ever spent with their grandmother on a remote island off Maine’s coast. Like a siren’s call she can’t resist, Kathleen is pulled back to Little Sister Island. She leaves her job and her girlfriend, packs up her few belongings, and moves into her grandmother’s cottage.
Molly Cooper loves life on Little Sister, where the islanders take care of their own. Kathleen Halloran doesn’t belong here, and her arrival stirs up unwelcome memories for the islanders—including Molly’s brother. Molly is certain Kathleen will pack up at the first big blow. When she doesn’t, Molly begins to see maybe there’s more to Kathleen than she thought.
Sometimes, before you can more forward, you have to look back.

Sempre falo que não sou muito fã de romance, mas também li tão poucos livros desse gênero que pode ter sido apenas má sorte nas escolhas das leituras. Quis pegar um romance LGBT dessa vez e com personagens adultos e amei esse livro. Li junto com minha amiga e lembro de no começo comentar com ela que jamais moraria em uma ilha, ainda mais uma pequena como Little Sister. Já na metade do livro estava querendo morar lá e me sentindo parte da família da ilha. O cenário é tão aconchegante e os personagens tão reais e incríveis. Gostei muito do romance também, é bem real e é um relacionamento construído aos poucos, não aqueles casais instantâneos de livro sem motivo nenhum para estarem juntos. Para quem gosta de histórias assim, recomendo a leitura. 

Diário de uma Ansiosa ou Como Parei de Me Sabotar - Beth Evans 


Sinopse: Com ilustrações bem-humoradas, Beth Evans escreve sobre depressão, ansiedade, formulário, boletos e outros desafios para se tornar um adulto.
A vida adulta não é fácil. E quem nunca fuxicou as redes sociais de amigos bem-sucedidos, só para se comparar, e acabou se sentindo pior ainda, que atire a primeira pedra.
Contando suas próprias histórias vergonhosas, e outras mais sérias como depressão e TOC, a autora consegue extrair lições valiosas, sem perder a leveza diante da seriedade de diversos assuntos.
Este livro é repleto de conselhos amigáveis sobre como cuidar de si mesmo, como procurar ajuda (não importa quais sejam seus problemas) e agarrar-se aquilo que te faz feliz – seja uma banda, seja uma maratona da Netflix. Beth Evans é uma contadora de histórias supercriativa, e seus desenhos complementam suas palavras com um humor único.
Diário de uma ansiosa ou como parei de me sabotar é como um abraço do seu melhor amigo naqueles dias sofríveis. E, como melhor amigo, está aqui para dizer: 'Você consegue!'.

Eu seguia a Beth no Instagram (aliás, o que mais sigo por lá são perfis de ilustrações e tirinhas) e me identificava MUITO com tudo que ela postava, e quando não me identificava gostava mesmo assim. Por isso fiquei doida quando vi que ia ter o livro e com ele a experiência não foi nada diferente, me vi em cada página e ilustração. O legal é que o livro não é composto apenas por tirinhas, também tem vários relatos da vida da Beth. E quando você sofre com ansiedade (e etc), ter um identificação assim significa muito e dá um certo alívio. 

Quinze Dias - Vitor Martins


Sinopse: Felipe está esperando por esse momento desde que as aulas começaram: o início das férias de julho. Finalmente ele vai poder passar alguns dias longe da escola e dos colegas que o maltratam. Os planos envolvem se afundar nos episódios atrasados de suas séries favoritas, colocar a leitura em dia e aprender com tutoriais no YouTube coisas novas que ele nunca vai colocar em prática.
Mas as coisas fogem um pouco do controle quando a mãe de Felipe informa que concordou em hospedar Caio, o vizinho do 57, por longos quinze dias, enquanto os pais dele estão viajando. Felipe entra em desespero porque a) Caio foi sua primeira paixãozinha na infância (e existe uma grande possibilidade dessa paixão não ter passado até hoje) e b) Felipe coleciona uma lista infinita de inseguranças e não tem a menor ideia de como interagir com o vizinho.
Os dias que prometiam paz, tranquilidade e maratonas épicas de Netflix acabam trazendo um turbilhão de sentimentos, que obrigarão Felipe a mergulhar em todas as questões mal resolvidas que ele tem consigo mesmo.

Eu ando em uma relação cada vez mais complicadas com livros YA. Longe de mim ter algo contra esses livros, mas eles já não estão mais conversando com meu momento atual. Já passei da idade dos personagens desses livros há um tempão, mas mesmo assim eles conseguiam me entreter e até me deixar feliz, mas ultimamente estão mais me irritando do que qualquer outra coisa. Li esse no começo do ano e não sei se estava menos chata, mas me diverti muito. E gostei tanto que está aqui na lista. 

Foi o único livro que lembro que me fez rir alto em quase todos capítulos. O Felipe é muito engraçado e me identifiquei demais com o tipo de humor dele. Além disso, o livro é adorável até para velhas ranzinzas como eu. 

Fora que nacional LGBT para jovens é algo que precisamos e muito. E ele também aborda outras questões como bullying, insegurança com o corpo e gordofobia, algo que não tem idade para estar presente na nossa vida. E tenho certeza que esse livro teria sido muito bom na vida da Juliana adolescente. 

O Sol Desvelado - Isaac Asimov


Sinopse: Após as reviravoltas de sua última missão, o detetive Elijah Baley é recrutado para investigar um caso de assassinato aparentemente insolúvel. Obrigado a enfrentar sua fobia de espaços, ele viaja até Solaria, um planeta Sideral de apenas 20 mil habitantes, mas onde cada ser humano dispõe de um contingente de 10 mil robôs positrônicos para lhe servir.

Geralmente, para eu terminar uma série preciso ler todos os livros dela sem um intervalo de tempo muito grande entre eles, caso contrário, eu perco o interesse e abandono. Quando li As Cavernas de Aço, fiquei super empolgada e fui logo comprar os outros dois...para deixá-los na estante. Acho que isso já faz uns três anos e realmente achei que minha empolgação tinha passado, até ler o primeiro capítulo de O Sol Desvelado. Eu AMO o mundo futurista criado pelo Asimov e acho que dos livros de ficção científica que eu já li é o meu preferido (no sentido da construção de mundo e imersão na história, porque acho que não iria ser legal morar nele). Também adoro a mistura entre ficção científica e história policial, provavelmente meus dois gêneros preferidos. 

Só é triste a pouca participação feminina nos livros do Asimov, pelo menos em papéis de destaque ou que tenham alguma força. Também acho que o detetive Elijah Baley está cada vez mais chato e arrogante, mas o R. Dannel Olivaw é meu amorzinho. 


Espero que esse seja um ano de ótimas leituras para todos! E também muita paz e leveza nos nossos corações 

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