Mochi é a nossa segunda gatinha e não sabíamos o quanto precisávamos dela até adotá-la.
O nome foi escolhido com ajuda do ChatGPT e eu achei que combinou muito porque ela lembrava um mochi quando era filhotinha. No começo o nome era baseado só na aparência, mas ele não podia ser mais perfeito porque ela é um verdadeiro docinho. E ela é toda molinha e meio escorregadia quando você pega no colo.
A ideia de ter um segundo gato surgiu por problemas comportamentais do Nix e recomendações de outras pessoas. Ficamos bastante tempo pensando nisso e cada vez mais nos animando com a ideia de ter outro gato. É difícil ter um gato só, eles são viciantes! Mas apesar de falarem que gatos são esquema de pirâmide e que quanto mais gatos você tem, mais gatos você quer, nós paramos nos dois. Mas não vou mentir, a vontade de pegar mais bate muitas vezes rs.
Nós pesquisamos sobre adaptações de gatos e optamos por deixá-los separados e ir introduzindo aos poucos, como é recomendado pela maior parte dos profissionais. Eles se encontraram brevemente apenas no dia da primeira visita.
Primeiro dia na nossa casa
Desde o começo, o Nix mostrou bastante interesse por ela e com isso ficamos animados e achando que a adaptação seria tranquila. Spoiler: não foi. A Mochi convivia com outros gatos no lar temporário, mas nós pegamos o Nix muito pequeninho e não sabíamos como tinha sido a convivência dele com outros gatos.
Ela ficou no escritório que tem integração com a sacada e o Nix no restante da casa. Fomos seguindo as dicas de dar comida para eles perto da porta para que se acostumassem com o cheiro um do outro e tentávamos impedir que eles se vissem pela cortina no vidro da varanda, mas estava difícil.
Brava por estar isolada do resto da casa
O Nix em nenhum momento tinha alguma reação agressiva ou de medo quando sentia o cheiro dela e ela teve só nos primeiros dois dias, então parecia que tudo estava indo bem.
Estava complicado ficar com a casa dividida e muitas vezes um acabava escapando e vendo o outro. Estávamos muito ansiosos para que a adaptação desse certo logo, principalmente porque tínhamos receio de que eles não fossem se acostumar um com o outro e não saberíamos o que fazer se isso acontecesse. Acho que isso e os sinais positivos fizeram com que a gente apressasse um pouco as coisas. Sempre que eles se encontravam, o Nix ia para cima dela. Às vezes parecia meio lutinha e brincadeira de gato, às vezes não. A gente filmava, mostrava para outras pessoas que tinham gato mas não conseguíamos chegar a uma conclusão.
De novo eu devo ter assistido todos os vídeos que tinham no YouTube e de novo isso não ajudou muito. Na internet parece tudo fácil e todos os vídeos que eu via mostravam casos de adaptação que deram super certo e super rápido. Tinha caso até que os gatos nem chegaram a ficar separados.
Fomos ficando bem frustrados, mas não tínhamos muito o que fazer. Numa dessas buscas na internet descobri um blog antigo, que nem estava mais ativo, em que a autora escrevia sobre uma experiência muito desafiadora que ela estava tendo com uma adaptação. Vendo esse relato mais vida real e comentários do post, eu fiquei um pouco mais aliviada.
Decidimos começar do zero, levando o tempo que fosse. Colamos papel craft no vidro da sacada para eles não se verem mesmo. Depois de muito conversar, também decidimos que precisávamos de ajuda de um profissional para avaliar a situação. Nós tivemos a ajuda presencial de uma comportamentalista e isso fez toda a diferença. Ela nos disse que grande parte da culpa do comportamento do Nix era nossa, porque a gente não dava nenhum limite para ele. E era mesmo. Fizemos a lição de casa e nos empenhamos bastante durante as visitas presenciais dela e aos poucos as coisas foram melhorando.
Se dependesse da gente, toda hora que o Nix pulasse nela, íamos separar, mas ela nos fez entender que não era tudo isso que parecia e que precisávamos nos acalmar e dar o espaço deles, para que eles fossem encontrando os próprios limites.
Depois de vários exercícios, eles começaram a ficar mais em paz quando estavam juntos, mas ainda não tínhamos coragem de deixá-los juntos quando saíamos de casa. Até que um dia quando voltamos do trabalho, depois de deixá-la na sacada/escritório, encontramos os dois juntos dormindo um em cada parte de uma torre de caixa que temos na sala. Fiquei muito bugada quando vi isso. Descobrimos que de algum jeito eles conseguiram (não sei se em um esforço conjunto ou não) abrir a porta da sacada e ficarem juntos. A gente deixava apenas uma frestinha da sacada aberta para passar o fio de fonte de água da Mochi. Era uma frestinha mesmo, mas os safadinhos conseguiram abrir. E a porta é meio pesada. O bom é que eles tomaram a decisão que a gente não conseguiu tomar kkkk.
Yin-Yang
Já se passaram muitos meses desde então e eles têm períodos de brigas e estranhamento, mas no geral convivem muito bem. Eles vivem um atrás do outro, aprontando juntos, se lambendo, tirando sonecas perto. Em algumas fases parecem que estão mais atacados e brigam mais, principalmente de noite. Mas às vezes acho que é mais para chamar nossa atenção e por conta de energia que ficou acumulada depois do sono da tarde. Ainda me pergunto se deveria fazer algo diferente, se o comportamento é normal, mas tô tentando me estressar menos.
Eu amo TANTO essa foto
A Mochi é toda fofinha e ronronante, mas também é uma pestinha. Tive que aprender a abrir mais mão de coisas materiais com ela. Não tivemos nenhum problema com o Nix de arranhar as coisas, mas não posso falar o mesmo da Mochi rs. Ela é muito engraçadinha e atrapalhada e parece que foi criada com todas as características pensadas para elevar a fofura ao nível máximo. Ela e o Nix são muito diferentes em várias coisas e os dois se completam e com certeza completaram a nossa família. ❤
Agora imagens de pura fofura para terminar bem essa postagem:
Esse trio ❤
a patinha, não aguento
Não pode ver um "paninho" que vai deitar em cima
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